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Segmento de analgésicos movimenta mais de 2 bilhões por ano


Venda de medicamentosUm levantamento feito pela consultoria IMS Health, a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, mostra que a venda de analgésicos puros (para dor e combate à febre, excluídos relaxantes musculares) movimenta 2,6 bilhões de reais por ano. O segmento é o mais importante entre os medicamentos isentos de prescrição médica, segundo Nilton Paletta, presidente da IMS Health.

Para liderar as vendas, esse tipo de medicamento tem maior exposição em em farmácias, pesados investimentos em mídia, sobretudo em horário nobre da TV, e descoantos de preços. Gigantes como a japonesa Takeda, a líder da categoria em faturamento, as americanas Johnson&Johnson e Pfizer, a francesa Sanofi, a alemã Boehringer Ingelheim e a nacional Hypermarcas não poupam esforços para ganhar fatia nesse mercado.

No ranking das dez maiores empresas em receita, as marcas fortes prevalecem, com exceção do genérico da Medley (controlada pela Sanofi), que aparece como o sexto mais vendido na lista. Quando medido por unidades, os genéricos (com o nome do princípio ativo) ganham espaço.


"É um mercado de poucas marcas, mas marcas bem fortes", diz Rodolfo Hrosz, diretor-geral da Pfizer Consumer Healthcare. A multinacional está disposta a jogar pesado para abocanhar uma fatia maior e ficar entre as primeiras no topo. O carro-chefe da companhia nesse segmento é o Advil, o nono analgésico mais vendido em faturamento, segundo o IMS Health (de novembro de 2012 a outubro de 2013), considerando os analgésicos puros.


"É um segmento importante porque todo mundo tem algum tipo de dor", diz Lais Rosin, diretora da unidade de negócios OTC da Takeda. "A fidelidade do consumidor é muito importante nesse segmento."


A Neosaldina é o analgésico número um em vendas. "Qualquer ponto porcentual nesse mercado é grande coisa", afirma Lais. Além de pesadas campanhas na mídia, sobretudo na TV, a Takeda aposta nas várias apresentações do produto. "Temos um portfólio diversificado para atender todo tipo de público, até embalagem com um único comprimido."


Solução doméstica


Única nacional no ranking em que imperam as múltis em faturamento, a Hypermarcas tem quatro analgésicos entre os dez mais vendidos. "Temos investido muito em mídia", diz Luiz Eduardo Violland, presidente da divisão farmacêutica da Hypermarcas. "No caso da Doralgina (o décimo no ranking), quando incorporamos o laboratório Neo Química (em 2009), o medicamento era vendido no pequeno e médio varejo. Trocamos a embalagem, expandimos a distribuição para as grandes redes e apostamos pesado em mídia", afirma.


Segundo Violland, a empresa aposta na maior disposição dos brasileiros, com o aumento da renda, para comprar medicamentos. "As pessoas geralmente procuram o médico por três motivos: dor, infecção a partir de uma febre e depressão."


Fonte: O Estado de S. Paulo

 

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